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Doença pode provocar prejuízo de 80% na citricultura
Prevenção é melhor medida contra queda do fruto, amarelecimento e diminuição das folhas provocadas pela estrelinha ou podridão floral
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Kamila Pitombeira
08/06/2011

Um dos graves problemas que afetam a citricultura é a estrelinha, doença que provoca a queda do fruto e é capaz de comprometer 80% da produtividade da cultura. Segundo o Dr. Antonio de Goes, fitopatologista e professor na Universidade Estadual Paulista (UNESP) de Jaboticabal, a estrelinha, também chamada de podridão floral, é uma doença causada por um fungo que ocorre nas flores das plantas cítricas. Entre os cítricos, o problema é mais relevante nas laranjeiras doces, nos limões verdadeiros e na lima ácida tahiti.

O professor diz que, com o ataque, cai o fruto da planta, cai o chumbinho e fica apenas o receptáculo do fruto. A planta alimenta então o cálice como se fosse um fruto. Com isso, ocorre um distúrbio fisiológico que se manifesta na forma de amarelecimento e diminuição do tamanho das folhas, além de nervuras mais salientes, o que refletirá na florada do ano seguinte, fazendo com que essa planta floresça algumas semanas depois do seu período normal.

— A infecção se dá, principalmente, quando os tecidos florais mudam da pigmentação verde para a branca. Para a doença se manifestar, é necessário ter em torno de 8 horas de molhamento foliar. Ela é uma doença muito fácil de ser identificada, pois as flores ficam com uma coloração alaranjada — afirma o fitopatologista.

De acordo com ele, o controle deve ser feito de forma preventiva. Isso porque as pulverizações devem ser feitas em até 48 horas após o contato do fungo com a flor para que se tenha êxito no controle. Depois desse tempo, ele diz que nenhum fungicida funcionará de forma eficiente.

— Como medida preventiva, o produtor deve realizar as pulverizações nos estágios de flores, que antecedem a formação dos pigmentos brancos. Nas regiões de temperaturas mais altas, duas pulverizações são suficientes. Já nas regiões de temperaturas baixas, como as serranas, é importante fazer mais de duas pulverizações, ou seja, quatro, cinco e até seis pulverizações, às vezes. Porém, se existir um histórico da doença em anos anteriores, é importante que o tratamento preventivo seja realizado, inclusive nas primeiras flores que se abrem — explica Goes.

Ele acrescenta ainda que é importante que o produtor trabalhe com fungicidas na dosagem convencional, indicada pelo fabricante, e no volume adequado de calda, além de selecionar determinados produtos que tenham antecedentes e que tenham dado excelentes respostas. Nesse caso, ele cita como opções os fungicidas em mistura do grupo dos triazóis e das estrobilurinas. Segundo ele, existem também outras opções como o carbendazim, o tiofanato metílico e o midas, que é uma mistura de fungicida famoxadone mais o ditiocarbamato.

— Muitas vezes, pensamos que quando caem as pétalas, estamos livres da infecção do patógeno nas flores. Isso não é verdade. Temos experiência de que as pulverizações devem ser preventivas, iniciadas na fase cabeça de fósforo, aplicadas também na fase de cotonete e uma aplicação na fase de flor aberta, inclusive em queda de pétala. Mas isso depende muito de quando irá ocorrer o florescimento, das condições de umidade do solo e da temperatura prevalecente na área. Uma vez que o fungo ataca, não há mais o que fazer, somente esperar a florada seguinte. Esse prejuízo pode ser superior a 80% — afirma.

Para mais informações, basta entrar em contato com a UNESP de Jaboticabal através do número (16) 3209-2600 ou (16) 3209-2640.

 

Clique aqui, ouça a íntegra da entrevista concedida com exclusividade ao Jornal Dia de Campo e saiba mais detalhes da tecnologia.
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